O presidente da Comissão Europeia reiterou hoje aos portugueses que não há alternativa à "troika" e à austeridade. Quanto à possibilidade de uma zona euro a duas velocidades, Durão Barroso deixou claro que há um princípio sagrado a defender: a unidade da Europa.
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À margem de uma conferência na Faculdade de Direito, em Lisboa, o presidente da Comissão Europeia afirmou que o reforço do governo da Zona Euro não pode pôr em risco a coesão da Europa.
«É essencial que essa governação reforçada não prejudique os 27 no seu conjunto porque a nossa força na União Europeia é precisamente termos um mercado interno de 500 milhões de pessoas. Por isso, não aceitaremos que para se fazer um governação reforçada da Zona Euro se ponha em causa o princípio sagrado que é o da unidade no âmbito da União Europeia», vincou.
Já sobre Portugal, Durão Barroso reiterou que não há alternativa à t"roika" e à austeridade.
«Quando um país vive muito tempo acima das suas possibilidades, com um endividamento excessivo, depois tem que fazer um ajustamento que é absolutamente inevitável, com ou sem euro, com ou sem programa de ajustamento», defendeu.
«É importante que os portugueses entendam que o que está a ser feito é inevitável e que se não houvesse União Europeia e o programa que estamos neste momento a desenvolver [de ajuda financeira], então a situação poderia ser verdadeiramente catastrófica», frisou Durão Barroso.
Ainda assim, o presidente da Comissão Europeia sublinhou que todos os cenários apontam para que Portugal cumpra os objectivos orçamentais de 2011 e 2012.