O presidente da Comissão Europeia vê uma manifestação da solidariedade europeia nos dossiers da coesão e agricultura no acordo orçamental europeu. Já Capoulas Santos considera que Portugal corre o risco de ter um corte muito grande na PAC.
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O presidente da Comissão Europeia entende que Portugal beneficiou da solidariedade dos seus parceiros europeus, apesar da queda de dez por cento no próximo orçamento europeu, válido para o período de 2014 a 2020, em relação ao atual.
«Para Portugal parece-me um excelente acordo. Portugal tem em diferentes rúbricas, como na coesão e agricultura, uma boa manifestação da solidariedade europeia», afirmou Durão Barroso.
Opinião diferente tem o deputado socialista Capoulas Santos que entende que o acordo alcançado esta sexta-feira é «dececionante para Portugal e particularmente nas áreas que tenho acompanhado com mais detalhe».
Sobre a reforma da Política Agrícola Comum (PAC), de que Capoulas Santos é relator para o Parlamento Europeu, este deputado lembrou que o hemiciclo europeu quantificou um aumento de 362 milhões de euros para Portugal.
Contudo, a negociação alcançada esta sexta-feira «define os montantes globais», mas a «forma como eles serão repartidos pelos Estados-membros fica para uma situação posterior».
«No caso português, o que fica decidido é que o envelope nacional será decidido à posteriori e será tida em conta a taxa de execução do orçamento atual, que é muito baixa», explicou.
Por isso, concluiu o eurodeputado Capoulas Santos, o «risco que Portugal venha a sofrer um corte muito grande é um risco real».