O presidente da TAP, Fernando Pinto, reconheceu hoje que as "energias" da empresa estão já voltadas para o período agendado de greve, que se inicia a 1 de maio, e não em negociações com os pilotos. Fernando Pinto negou, no entanto, que a TAP tenha sido intransigente nas negociações com os pilotos.
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"A partir desta segunda-feira já as nossas energias estão voltadas para a operação no período de greve", admitiu Fernando Pinto, em conferência de imprensa, em Lisboa, reconhecendo que teve "esperança" de que fosse possível a greve ser desconvocada. E acrescentou: "Temos a certeza de que teremos muitos pilotos que, sensibilizados pelo momento, irão pensar sem dúvida nenhuma no cliente, no passageiro, na empresa e irão voar".
O presidente da TAP, Fernando Pinto, negou ainda que a empresa tenha sido intransigente nas negociações com os pilotos, conforme disse à agência Lusa o presidente do Sindicato dos Pilotos.
"Não é uma afirmação correta. Tanto o Governo como a TAP, às vezes conjuntamente, outras vezes separadamente, em vários pontos, em vários itens, nós cedemos. Mostrámos soluções efetivas, obviamente dentro da lei, do que é possível fazer", vincou Fernando Pinto em conferência de imprensa convocada pela transportadora aérea.
Os pilotos da TAP marcaram uma greve, entre 1 e 10 de maio, por considerarem que o Governo não está a cumprir o acordo assinado em dezembro de 2014, nem um outro, estabelecido em 1999, que lhes dava direito a uma participação no capital da empresa no âmbito da privatização.