Ainda não existem garantias de sucesso na reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, que dura há horas. Em cima da mesa está a participação de privados na ajuda à Grécia.
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À espera de sinais para os mercados de que tudo será feito para estabilizar o euro, a ministra espanhola das Finanças não acredita que na reunião do Eurogrupo desta segunda-feira se produza uma solução em torno da participação dos privados na compra de títulos da dívida grega.
«Não acredito que seja possível ter uma solução fechada, por isso creio que temos de avançar nesse sentido. Alguns países precisam de fazer consultas com o parlamento e, como sabem, há parlamentos que estão neste momento em período de férias», disse aos jornalistas Elena Salgado, que evitou falar nas divergências entre alguns Estados sobre a forma de envolvimento dos privados na compra da dívida soberana grega.
Já o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, afirmou que por agora o melhor é implementar as decisões tomadas.
«Não podem tomar-se decisões novas todas as semanas. Agora é preciso implementar, passo a passo, o que já está decidido», disse.
Em cima da mesa estão dois modelos. O modelo alemão colhe simpatias de países como a Holanda e a Finlândia, favoráveis a um rescalonamento da dívida, obrigando os credores a trocar os títulos do Tesouro por outros do mesmo valor, mas com um prazo mais dilatado para recuperar o investimento.
Mas, as agências, como a Standard & Poor's, já avisaram que uma medida deste género será entendida como um incumprimento selectivo.
Por isso, diversos países inclinam-se mais para a proposta francesa, através da qual no final das maturidade os credores são convidados a investir 70 por cento do capital por um período de 30 anos com uma taxa de juro atractiva. Os restantes 30 por cento serão investidos, mas sem rendimento de juros.