O ex-administrador do Banif, António Varela, diz que a resolução relâmpago do banco ficou a dever-se "no plano informal" às férias de natal das pessoas que trabalham nas autoridades europeias.
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A revelação foi feita na comissão parlamentar de inquérito à gestão do Banif.
O ex-administrador António Varela respondeu a uma questão do deputado João Almeida, do CDS, sobre se teria sido possível ao Banco de Portugal, no fim de semana em que a resolução foi decidida, demonstrar que o Banif poderia abrir portas na segunda-feira seguinte, evitando o fim da instituição.
Varela respondeu que, "no plano informal" e "do sentimento", a altura do ano não era propícia a isso, acrescentando depois que "no plano das regras" não conhece "nenhum mecanismo que o Governo português ou o Banco de Portugal pudessem ter acionado e que pudesse ter evitado" a resolução.
Esta resposta de Varela mereceu um comentário indignado de João Almeida que considerou o argumento "um profundíssimo desrespeito pelos contribuintes".