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O FMI avisa os líderes europeus de que devem agir, de imediato, para limitar os efeitos da crise na zona euro e para limitar o contágio das economias mais frágeis ao resto da moeda única.
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«Não devemos atrasar mais as clarificações de algumas das incertezas que ainda pesam sobre a solução para a crise da dívida soberana na periferia» da zona euro, disse Luc Everaer, do Departamento Europeu do FMI, apresentando as conclusões de um novo relatório nos 17 países da zona euro.
Na apresentação do documento, feito no âmbito das consultas regulares ao conjunto de países da união monetária, Everaer afirmou ainda que «a crise na periferia não está ainda totalmente resolvida. Os directores [do fundo] pensam que isso terá de ser feito com muita urgência».
O FMI avisou que a zona euro necessita de um maior envolvimento dos privados para apoiar os países mais fracos e os seus sistemas bancários.
A instituição apelou ainda aos líderes da zona euro que aumentem a capacidade e os limites operacionais do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, para que possa intervir com mais eficácia na resolução da crise.
Os líderes dos países da zona euro deverão encontrar-se, na quinta-feira, numa cimeira em Bruxelas, para estudar a possibilidade de levar a cabo um segundo plano de resgate da Grécia, mas não há ainda garantias de que saia qualquer acordo do encontro.
Quanto aos riscos de contágio, o FMI alerta que caso a Grécia, Portugal, a Irlanda, Itália ou Espanha «enfrentem novas dificuldades, estas podem espalhar-se às economias mais robustas, como a alemã ou a francesa.