Arménio Carlos diz que «dinheiro que o Governo diz que não tem para atribuir à proteção social aos desempregados pelos vistos sobra para fazer despedimentos na Administração Pública».
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A CGTP entende que o Governo não explicou ainda aos portugueses como vai fazer a redução de 320 milhões de euros em despesas relacionadas com tecnologias de informação, consultadoria e pareceres.
Reagindo às medidas apresentadas esta terça-feira pela ministra das Finanças, o líder da CGTP acusou o Governo de ser vago e de estar a fugir à «pormenorização».
«O Governo está a fugir de explicar aos portugueses antes das eleições para o Parlamento Europeu o que pensa fazer, como vai fazer e em quem vai tocar», acrescentou Arménio Carlos.
Para o secretário-geral da CGTP, o «dinheiro que o Governo diz que não tem para atribuir à proteção social aos desempregados pelos vistos sobra para fazer despedimentos na Administração Pública».
Arménio Carlos considera ainda que o Governo confirmou que os «cortes que antes eram provisórios vão ser tornados definitivos» e que o Executivo «admite que, apesar de não mexer agora nos impostos, o poderá fazer no futuro no sentido de prejudicar mais uma vez os mesmos».
Por seu lado, Luís Correia, da UGT, também entende que são necessários mais detalhes e espera que não surjam más notícias após as eleições europeias marcadas para 25 de maio.
«Na economia não há milagres e vamos ter de acreditar na boa-fé do primeiro-ministro quando diz que não vão haver cortes», adiantou este dirigente da UGT, que, contudo, lembrou notícias que falam na hipótese de um «imposto adicional nas pensões».