O constitucionalista Jorge Miranda receia que «continue a haver falta de equidade» na distribuição de sacrifícios, no âmbito das medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro.
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Jorge Miranda realça que «pelos vistos a política de austeridade continua e não há nenhum desagravamento».
Passos Coelho «falou que iria haver impostos sobre o capital e riqueza, mas não concretizou, enquanto relativamente aos rendimentos do trabalho, concretizou. É de recear que continue a haver falta de equidade», sublinhou o constitucionalista.
Jorge Miranda destaca que o Presidente da República, Cavaco Silva, já apelou a uma maior igualdade na distribuição de sacrifícios, mas duvida que «o discurso do primeiro-ministro vá no sentido da equidade. Tenho as maiores dúvidas», sublinhou.
O constitucionalista considerou ainda «profundamente injusto o tratamento dado aos pensionistas», que considera estarem a ser tratados «como pessoas de segunda classe em relação aos trabalhadores no ativo».