Os juros da dívida soberana de Portugal estavam hoje a subir a dois, cinco e 10 anos, depois da intervenção do Presidente da República. A bolsa de Lisboa está no vermelho.
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Às 9:20, os juros da dívida a 10 anos estavam a transacionar-se abaixo dos 7%, nos 6,830%, depois de terem fechado a 6,767% na quarta-feira e a 7,465% a 3 de julho, um máximo desde novembro de 2012.
A dois anos, os juros estavam a subir para 5,191% depois de terem fechado a 5,132% na quarta-feira e a 5,302% a 4 de julho, um máximo desde novembro de 2012.
No prazo de cinco anos, os juros estavam nos 6,282%, abaixo dos 6,254% do encerramento de quarta-feira e abaixo dos 6,671% de 3 de julho, um máximo desde novembro de 2012.
Quanto à bolsa portuguesa, foi negativa a reação à proposta de Cavaco Silva para sair da crise política. Contrariando a maioria das bolsas europeias, que estão hoje em máximos de uma semana, o PSI 20 está a cair mais de 1 por cento.
Ocasionalmente, alguns títulos passam a positivo, mas o vermelho é o tom geral. BPI, BES e SONAE são os títulos mais negativos esta manhã.
Na quarta-feira, o Presidente da República propôs, numa comunicação ao país, um «compromisso de salvação nacional» entre PSD, PS e CDS que permita cumprir o programa de ajuda externa e que esse acordo preveja eleições antecipadas a partir de junho de 2014.
A 3 e 4 de julho, os juros da dívida soberana de Portugal dispararam devido à crise política desencadeada pela demissão do ministro de Estados e dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS-PP, Paulo Portas, e desde então tinham descido em todas as sessões.
Notícia atualizada às 9h54