Christine Lagarde acredita que a recuperação económica em Portugal vai ser mais rápida do que na Grécia e elogia a aliança entre os principais partidos para a ajuda externa.
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Os partidos políticos uniram-se e formaram uma aliança, o que constituiu um contributo decisivo para construir e restaurar a confiança, sublinhou a actual ministra das Finanças francesa, numa visita a Pequim.
Os três maiores partidos, PSD, PS e CDS, que representam cerca de 78 por cento do eleitorado, apoiam o programa de redução do deficit público patrocinado pelas instituições europeias e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em entrevista à agência Lusa, a candidata a direcção do FMI espera que a Grécia consiga imitar a força demonstrada por Portugal nesta matéria.
A ministra das Finanças francesa admite que os três países da UE que recorreram à ajuda externa - Grécia, Irlanda e Portugal - representam apenas seis por cento do Produto Interno Bruto (PIB) da Zona Euro, mas frisa que todos contam e são importantes. Cada país é diferente e tem de responder a diferentes categorias de problemas e questões.
Christine Lagarde acrescenta que os programas de ajuda financeira não são só medidas de austeridade nem visam apenas as finanças públicas.
A ministra termina esta quinta-feira uma visita a Pequim satisfeita com o resultado, ainda que sem garantias do apoio da China à candidatura que apresenta para a liderança do FMI.
Christine Lagarde admite estar confiante com a eleição para o cargo de directora do FMI. Antes da China, a ministra francesa deslocou-se à Índia e ao Brasil, duas outras grandes economias emergentes onde a continuação de um europeu à frente do FMI é muito criticada.
Lagarde vai estar esta sexta-feira em Lisboa, para participar na Assembleia Anual do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).