As promessas de intervenção do BCE e do G7 não convenceram os investidores. As praças europeias continuam em queda, agravando, nalguns casos, as perdas sentidas na abertura das sessões.
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Cerca das 10h30, o índice DAX de Frankfurt caía mais de 2,5 por cento, enquanto o CAC 40 de Paris e o FTSE 100 de Londres rondavam perdas de dois por cento.
Menos abrupta mas a agravar desde o início da sessão, a queda do índice FTSE MIB, de Milão, chegava aos 0,37 por cento, enquanto o PSI 20 de Lisboa declinava um por cento.
Apenas a Espanha está a escapar a esta descrença dos investidores na intervenção prometida pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelos líderes dos principais países industrializados do mundo para travar os efeitos da crise.
A manhã foi volátil em quase todas as praças da Europa, com os mercados a abrirem negativos na senda do agravamento da dívida dos EUA, para depois recuperarem ligeiramente graças ao anúncio de que o BCE vai comprar dívida soberana de países da zona euro como a Espanha e a Itália.
Ainda assim, os investidores voltaram a perder confiança, levando os índices bolsistas a regressar às quebras com os investidores alertados sobre uma possível nova descida do rating dos EUA.
A agência de notação Standard and Poor's cortou na sexta-feira, e pela primeira vez na história do país, a classificação da dívida norte-americana de AAA para AA+, alegando existirem «riscos políticos» ligados à dívida pública daquele país.
Assustados com os possíveis efeitos desta decisão nas economias mundiais, os líderes do grupo de sete países industrializados (G7) acordaram coordenar os seus bancos centrais, enquanto o BCE reuniu telefonicamente com o G20 para tentar afastar o colapso financeiro da Zona Euro.