O ministro disse aos deputados da maioria que há sempre margem para alterações no OE2013, mas desde que tal não ponha em causa os compromissos assumidos assumidos com a 'troika'.
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Um sinal de abertura por parte do ministro das Finanças para serenar os ânimos nos partidos que sustentam o Governo, principalmente o CDS.
Vítor Gaspar pediu aos deputados para apresentarem propostas fundamentadas que permitam um corte adicional de despesa, entre 500 e mil milhões de euros.
O valor foi indicado expressamente pelo próprio ministro, que afirmou que, com base nestas propostas, poderia ser possível «calibrar» o agravamento fiscal.
Noutra das intervenções do governante à margem da reunião, Gaspar quis deixar bem claro que o cenário macroeconómico não permite alterações de fundo ao orçamento.
No entanto, segundo apurou a TSF, o ministro referiu que há sempre margem para alterações na especialidade, desde que não comprometam o acordo com a 'troika'.
Ainda de acordo com as informações recolhidas pela TSF, interpelado pelos deputados do CDS sobre a posição do FMI quanto ao excesso de austeridade e os efeitos recessivos, Vítor Gaspar prometeu recolher informações sobre a posição oficial do fundo.
Os deputados do CDS queriam saber se a mudança de posição do FMI poderia beneficiar Portugal, mas Vítor Gaspar reafirmou que, na sua opinião, houve uma confusão na imprensa entre a posição do FMI e as ideias de Paul Krugman.