O primeiro-ministro afirmou ontem esperar que, enquanto o Estado diminui a sua despesa, a economia portuguesa cresça por via do investimento privado e da aposta na inovação e nas exportações para fora da Europa.
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«Estamos, portanto, a trabalhar para conseguir realizar esse objetivo que é: enquanto o Estado tem de encolher as suas despesas, a economia pode crescer, não por via do investimento público, mas por via do investimento privado. Isso já aconteceu no passado, não há razão para não acontecer agora», declarou Pedro Passos Coelho.
O chefe do executivo PSD/CDS-PP falava a propósito da proposta de Orçamento do Estado para 2015, na Casa das Histórias Paula Rego, onde encerrou uma conferência da agência municipal DNA Cascais, que promove a criação de novas empresas.
Depois de defender que a proposta de Orçamento para 2014 não foi feita «a pensar nas eleições» e é aquela «que a realidade consente», Passos Coelho acrescentou: «Evidentemente que tudo isto só fará sentido se nós formos capazes de cumprir o nosso plano de despesa pública e se a economia conseguir atrair o investimento necessário, a inovação necessária para exportar mais, e mais para fora da Europa - que não se prevê que cresça à medida das nossas necessidades».
«Temos, portanto, de continuar a insistir num caminho em que menos o Estado e mais a economia privada possa afastar escolhos e fazer apostas que permitam trazer mais investimento, mais valor acrescentado, mais emprego, que é aquilo de que nós precisamos para crescer sustentadamente», prosseguiu, concluindo que o Governo espera que a economia cresça «não por via do investimento público, mas por via do investimento privado».