O comissário europeu dos Assuntos Económicos mantém-se muito cauteloso quanto à capacidade de Atenas corrigir o rumo. Já o governo grego garante que para o ano vai lá.
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Depois de Atenas ter assumido que não vai cumprir as metas orçamentais deste ano, o titular da pasta das Finanças, Evangelos Venizelos, afirmou que os gregos serão capazes de passar esta fase, até porque muito do que havia a fazer já foi concluído.
«A Grécia tomou todas a medidas difíceis para cumprir as suas obrigações com os parceiros internacionais», afirmou.
O sorriso com que o ministro grego das Finanças fez estas afirmações contrastou com a seriedade de Olli Rehn, comissário europeu dos Assuntos Económicos, para quem não basta a intenção política. «É importante que a Grécia legisle sobre as medidas que foram decididas pelo governo», defendeu.
Para Evangelos Venizelos, a Grécia está a colocar a fasquia o mais alto que pode. «O orçamento para o próximo ano é muito ambicioso. A nossa meta é apresentar, pela primeira vez ao fim de muitos anos, um superavit primário de 3200 milhões de euros», afirmou.
O comissário foi mais hesitante, mas mostrou acreditar na eficácia das medidas. «Parece que é provável que a Grécia falhe o objectivo deste ano. No próximo ano, as medidas tomadas até agora contribuem para atingir todas as metas fiscais», afirmou.
Atenas garante que já no próximo ano será capaz de ter um saldo positivo nas contas, mas sem contar com as taxas de juro dos empréstimos internacionais.