No Fórum TSF, o PCP defendeu que cabe ao acionista Estado responder às necessidade de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos.
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O Partido Comunista alertou esta terça-feira que não aceita que Bruxelas imponha exigências sobre o plano de reestruturação para despedimentos ou sobre a maneira como vai ser feita a recapitalização da Caixa geral de Depósitos.
A ideia foi defendida pelo deputado comunista Miguel Tiago durante o Fórum TSF desta terça-feira que debateu o atual momento que atravessa a Caixa Geral de Depósitos.
Questionado sobre o tema, Miguel Tiago lembrou que a CGD "é um banco 100 por cento público" e o Estado o seu único acionista. Por este motivo, adiantou o deputado, "não nos parece que devamos equacionar qualquer tipo de imposições externas, estrangeiras e supranacionais, no que toca à forma como decidimos ou não capitalizar os nossos bancos".
O deputado frisou que o Estado deve manter uma autonomia total na tomada de decisões: "temos de responder a essa necessidade sem aceitar qualquer imposição, mesmo no que toca ao balanço da Caixa, aos seus ativos nem ao número de trabalhadores. O acionista estado deve ser também soberano nesta matéria da gestão daquilo que são as suas empresas".
O deputado Miguel Tiago disse ainda que discorda com uma comissão de inquérito porque não teria quaisquer vantagens.