
George Papandreou
Reuters
O primeiro-ministro grego disse este sábado que a notícia de que a Grécia vai sair do euro é «provocatória» e «alarmista» e que o seu governo apenas precisa que o deixem trabalhar.
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George Papandreou reagiu este sábado a uma notícia avançada sexta-feira pela revista alemã Der Spiegel, que citava «fontes informadas» do governo alemão segundo as quais a Grécia ameaçava sair da Zona Euro como forma de pressão para reestruturar a sua dívida em condições mais favoráveis.
O Ministério das Finanças grego e fontes europeias negaram a notícia.
Entretanto, segundo a imprensa grega deste sábado, os países da Zona Euro estão a estudar novas medidas de ajuda à Grécia, como um possível reescalonamento de uma parte da dívida e um eventual adiamento dos objectivos de redução do défice público.
A reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro de sexta-feira no Luxemburgo «abordou o alongamento (do prazo) das obrigações que vencem este ano e em 2012, num montante de cerca de 65 mil milhões de euros», segundo o jornal económico Naftemboriki.
O diário Kathimerini escreve, por seu lado, que os participantes na reunião discutiram «o alongamento da dívida grega e o adiamento dos objectivos de redução do défice por dois a quatro anos».
Segundo este jornal, que cita fontes não identificadas, um dos cenários que está a ser considerado é o de oferecer aos credores da Grécia taxas de juro mais elevadas a longo prazo, em troca da concessão a Atenas de um «período de graça» de dois anos, durante o qual a Grécia não pagaria juros.
Os principais países da Zona Euro afastaram sexta-feira a hipótese de uma saída da Grécia da Zona Euro ou de uma reestruturação da dívida grega.