Em Bruxelas, o primeiro-ministro disse esperar que o reforço da união bancária venha a facilitar o acesso das famílias e empresas portuguesas ao crédito.
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Com a aprovação do mecanismo de supervisão bancária, Pedro Passos Coelho saiu de Bruxelas satisfeito, esperando que a nova entidade permita resolver os problemas das empresas e das famílias portuguesas no acesso ao crédito.
«As famílias portuguesas e as empresas portuguesas têm hoje, quando pretendem aceder a financiamento, não só maiores dificuldades no acesso ao financiamento como têm de enfrentar custos de financiamento muito mais elevados do que a generalidade das famílias ou empresas europeias», afirmou.
«Se, por um lado, isso é consequência do facto de Portugal ter registado desequilíbrios muito fortes que estão agora a ser corrigidos, também é verdade que isso é consequência de uma grande desconfiança que existe dentro do próprio setor financeiro e bancário em toda a Europa», acrescentou.
Na cimeira que decorreu em Bruxelas, os 27 decidiram que, no futuro, a União Europeia terá um fundo de resolução de bancos para evitar casos como o BPN.
Questionado se pondera pedir a intervenção retroativa desse fundo para suavizar as perdas dos contribuíntes portugueses, na sequencia do caso BPN, Passos Coelho admitiu que esta possibilidade será equacionada a seu tempo.