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O PS chamou o presidente da CMVM ao Parlamento para prestar esclarecimentos sobre a OPA da Camargo Correa à Cimpor. Basílio Horta quer perceber os contornos da operação.
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O deputado eleito pelo PS, Basílio Horta quer perceber os contornos da Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Camargo Correa à Cimpor, que teve luz verde da Caixa Geral de Depósitos (CGD) poucos minutos depois de ter sido lançada.
Basílio Horta sublinhou, antes de tudo, o peso da cimenteira na economia portuguesa.
«É uma das dez maiores cimenteiras do mundo, e nós já temos tão pouca coisa nossa. Em segundo lugar, a Camargoa faz uma oferta, o investimento brasileiro é muito bem-vindo mas nós queremos saber os contornos desta operação. O preço de 5,5 é muito inferior aos 6,50 euros dados há dois anos à Teixeira Duarte. É bom esclarecer porquê. E também é bom esclarecer porque é que a CGD 20 minutos depois de lançada a OPA disse que vende, sem saber sequer as condições», lembrou.
«A pergunta que se põe é se havia alguma ligação entre a Camargo e a CGD para a resposta ser tão rápida? Temos de ver isso», defendeu Basílio.
A InterCement, detida pela Camargo Corrêa, lançou a 30 de março uma OPA sobre a totalidade do capital da Cimpor, oferecendo 5,50 euros por ação.
Os socialistas já tinham pedido para ouvir na Assembleia da República, a Cimpor e a CGD.