Para Pedro Marques, no seu relatório sobre as oitava e nona avaliações a Portugal, o «FMI verdadeiramente» diz que os cortes nos salários e pensões «são permanentes».
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O PS entende que o relatório do FMI sobre as oitava e nona avaliações do programa de assistência financeira a Portugal mostram que os cortes nos salários e pensões são «permanentes».
Reagindo a este documento, o socialista Pedro Marques lembrou que o Governo tem chamado a estes cortes de «modo ambíguo como que temporariamente permanentes ou permanentemente temporários».
«A ministra das Finanças anda sempre a tentar escapulir-se desta questão, mas o FMI verdadeiramente vem nos dizer que são cortes permanentes de despesa que estamos a falar e portanto era bom que o Governo parasse com este tipo de ideia, mas percebemos que anda a tentar fugir das decisões do Tribunal Constitucional», explicou.
Pedro Marques mostrou-se ainda preocupado com a possibilidade de o Governo já ter assumido compromissos com a troika para compensar a descida do IRC em 2015 para as «muito grandes empresas dos setores não transacionáveis».
Para este ex-secretário de Estado da Segurança Social, este «novidade muito preocupante» do FMI «exige um esclarecimento do Governo» em relação a que medidas compensatórias vão ser aplicadas e «quem vai pagar a redução» deste tipo de impostos.