O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou hoje que referiu apenas «indicativamente e como mera hipótese» um juro de 4,5% e que esse limite será determinado pelo Governo.
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«Quero esclarecer que as taxas de juro a aceitar por Portugal serão obviamente as que o Governo, no momento oportuno e através do ministério competente, considerar sustentáveis pela nossa economia, e não qualquer outro valor fixado de antemão», disse Rui Machete.
O ministro referiu à Lusa, no domingo, que um segundo resgate «é evitável» desde que «as taxas de juro a 10 anos igualem ou fiquem abaixo dos 4,5%», à margem de um encontro com a comunidade portuguesa em Nova Deli, Índia, onde se encontra para participar num encontro de responsáveis dos Negócios Estrangeiros da Europa e da Ásia.
Hoje, o governante sustentou que as suas declarações pretendiam «explicar o esforço a desenvolver» por Portugal quando transmitia a sua «convicção e confiança» de que o país terminará o programa de ajustamento económico e financeiro no final do primeiro semestre de 2014, como previsto.
«Nesse contexto, e para explicar o esforço a desenvolver, referi - indicativamente e como mera hipótese - a taxa de juro de 4,5% das obrigações do Estado a dez anos», afirmou.
Para Rui Machete, não seria admissível «pretender» determinar as taxas de juro a aceitar pelo país «numa intervenção que visava sublinhar que há indícios de evolução positiva» da economia portuguesa, «que evidencia que a esperança em melhores dias tem fundamento».