Depois do anúncio do despedimento coletivo, os trabalhadores da Soares da Costa saem à rua. Os funcionários da construtora estão hoje em greve. O protesto já estava marcado antes do anúncio, feito ontem, do despedimento coletivo de 500 pessoas.
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Junto à sede da Soares da Costa, os trabalhadores começaram a juntar-se cerca das 7H30. Empunham faixas e cartazes de protesto, com frases como "os nossos filhos também têm direito ao Natal" ou "não nos tirem o Natal".
Reclamam o pagamento dos salários em atraso e do subsídio de Natal. José Martins, da Comissão de Trabalhadores, lembra que deram um prazo até ontem à administração, para que pagasse todos os valores em dívida, prazo esse que não foi cumprido.
José Martins sublinha que este protesto é motivado por uma situação que "se arrasta há quase dois anos" e que mantém, nesta altura, cerca de 400 trabalhadores da Soares da Costa inativos.
Por isso, a CT avisa que este protesto vai manter-se "por tempo indeterminado", porque é preciso "dar voz aos trabalhadores". José Martins diz que eles estão dispostos a ficar junto à sede da empresa até que a administração ou o governo apresente um "plano para salvar o setor" da construção. Um plano que dê à Soares da Costa um novo fôlego.
A Soares da Costa anunciou ontem a decisão de avançar com o despedimento coletivo de 500 trabalhadores, justificando-se com o recuo no setor em Portugal e também em Angola.