A TAP recuperou algumas das reservas canceladas depois do anúncio da greve, mas não as suficientes para evitar um prejuízo de cerca de seis milhões de euros.
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Ainda há 18 mil reservas por recuperar nos voos da TAP para os quatro dias de greve anunciados inicialmente por 12 sindicatos.
Em declarações à TSF, António Monteiro, porta-voz da transportadora, adianta que apesar de tudo o que sucedeu desde então não foi possível reaver todos os passageiros.
«Quando a greve foi anunciada, o número de reservas para este período era de cerca de 130 mil. esse número foi descendo com o anúncio da greve e chegou a 95 mil. Depois com a retoma da abertura dos voos, na sequência da declaração da requisição civil, houve alguma retoma que estava na quarta-feira em 110 mil. Com o anúncio da desconvocação da greve por parte de alguns sindicatos tínhamos recuperado até esta manhã mais duas mil reservas», esclareceu António Monteiro.
Adianta o porta-voz da TAP que é pouco provável que este número diminua até mais logo, às 00:00. Apesar de tudo, com esta recuperação a companhia estima agora que o prejuízo deverá fixar-se em cerca de seis milhões de euros (e já não seis milhões e meio como estava previsto).
António Monteiro explica que as vendas da TAP têm dois eixos, pelo que há uma parcela de clientes aos quais foi difícil chegar nos últimos dois dias.
«Em Portugal, as agências de viagens contribuem com cerca de 90% das nossas vendas e estiveram fechadas, exceto as suas operações online, durante o dia de ontem, o que obviamente não ajudou. Por outro lado, as 75% das reservas da TAP são feitas fora de Portugal», o que significa que a companhia não tem a «capacidade de chegar a potenciais clientes como em Portugal».