A reforma do Estado e a consolidação orçamental vão ser os principais temas da sexta avaliação da troika ao Programa de Assistência Económica e Financeira de Portugal.
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O corte de quatro mil milhões de euros na despesa é um dos principais assuntos da agenda. O Governo e a troika querem cortar este valor, de forma permanente, mas ainda não está definido como e onde vão acontecer estes cortes. No entanto, dado que 70% dos gastos públicos estão nos salários e nas prestações sociais, é de prever que sejam estas as áreas a levar o maior corte.
Os técnicos da troika vão basear-se nos trabalho da equipa que já cá está há algum tempo a analisar a estrutura da despesa do Estado.
O Governo convidou o PS para participar neste processo, mas António José Seguro recusou. O Executivo garante, no entanto, que não vai deixar de avançar com esse corte. A decisão será tomada até fevereiro.
Nesta sexta avaliação, a troika vai olhar também para a execução orçamental deste ano, as perspetivas para o próximo, as reformas da Justiça e da Lei das Finanças Locais e o financiamento das PME.
Neste âmbito, o ministro da Economia Álvaro Santos Pereira deve aproveitar para referir as medidas de apoio ao financiamento e de incentivos ao investimento, como a taxa de IRC de 10% para novos projetos que deverá encontrar forte resistência por parte de Bruxelas.
Fevereiro é a data do sétimo exame regular da troika.