Passos Coelho e Paulo Portas discursaram este sábado perante apoiantes numa praça em Marco de Canaveses, ao mesmo tempo que decorria um protesto de dezenas de lesados do BES.
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"Queridas amigas, meus queridos amigos, bom dia Marco de Canaveses! Muito obrigado. Quero apenas dirigir uma palavra a todos aqueles que estão aqui a apoiar-nos para lhes dizer que temos tido a cada dia que passa uma onda cada vez mais forte ", declarou o presidente do PSD, Passos Coelho, falando ao microfone, em cima de um banco de cimento, com o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, ao seu lado.
O discurso do presidente do PSD, difundido por colunas espalhadas pela praça, mais as palavras de apoio à coligação Portugal à Frente e os Bombos de São Lourenço, dispostos mesmo em frente ao lugar onde se concentrava a maioria dos chamados lesados do BES, abafavam o seu protesto. Mas estes eram facilmente visíveis e identificáveis pelas camisolas e bandeiras negras. À sua frente, estavam alguns agentes da GNR.
Os apoiantes da coligação PSD/CDS-PP, contudo, superavam claramente o número de manifestantes. Erguendo bandeiras azuis e cor de laranja, aglomeraram-se em redor de Passos Coelho e Paulo Portas.
Neste cenário, Passos Coelho lamentou "que haja ao fim de 41 anos de democracia em Portugal quem ainda não tenha aprendido a lição democrática e considere que a campanha eleitoral não é o momento para unir os portugueses, mas para os dividir", e pediu a quem acompanha esta campanha eleitoral a partir de casa que condene esses comportamentos.
Por sua vez, Paulo Portas afirmou que "a democracia é o respeito pela opinião de todos" e falou num futuro com "uma carga fiscal mais moderada para haver mais emprego e mais investimento", dirigindo-se para os apoiantes da coligação PSD/CDS-PP: "Precisamos da vossa força, precisamos da vossa mobilização. Respeitamos todos, mas não nos desviamos da nossa direção. Viva Marco de Canaveses, viva o Norte!".
Antes de regressar ao carro, o presidente do PSD agradeceu também aos apoiantes: "Obrigado pelo apoio extraordinário que nos estão a dar, obrigado pela imagem serena, tranquila, confiante que estamos a transmitir ao país, e continuem connosco". Já com o presidente do PSD dentro do carro, um ou dois manifestantes tentaram bater na viatura.