Nuno Melo não assume qualquer responsabilidade pelo apelo que o patriarcado fez nas redes sociais a favor dos partidos pró-vida. Em campanha, o centrista aproveitou também para criticar a falta de atuação do Governo no plano de combate aos fogos
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Nuno Melo rejeita qualquer responsabilidade ou colagem do partido aos comentários feitos na página do patriarcado a favor dos partidos pró-vida, e defende que as entidades não deveriam fazer apelos ou defesas de sentido de voto.
"O CDS não é o patriarcado. O CDS não pode responder por qualquer entidade que fale pelo CDS ou por outro partido", asseverou o candidato centrista ao Parlamento europeu. Nuno Melo revelou assistir, "infelizmente, a muitos apelos de várias entidades em relação a outros partidos e ao nosso", acrescentou, em declarações à TSF.
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Questionado esta manhã em Évora sobre se fica incomodado por o CDS surgir associado a um partido como o Basta, o candidato centrista às Europeias garantiu que é uma questão de democracia. "Em democracia, equivale a perguntar se incomoda a qualquer partido ter o símbolo de todos os outros no boletim de voto", afirmou o cabeça de lista do partido às Europeias, à margem de uma visita à fábrica da Embraer.
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Nuno Melo falou ainda sobre a prevenção de incêndios."Quando, no combate aos fogos, não há meios aéreos, nem há SIRESP, não há ministro da Administração Interna, nem há Governo", acusou o cabeça de lista.
O candidato do CDS adiantou que a ausência dos prometidos meios aéreos para o Alentejo é muito preocupante, e apontou o dedo ao Executivo socialista por nada ter aprendido desde 2017. "Nós chegámos realmente a este ponto. Isto é muito grave quando se trata de um tema que tão tragicamente significou mais de 100 mortos em 2017. Em poucos anos, não se aprendeu nada", frisou.
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Na visita à Embraer, o centrista que quis sinalizar um dos bons exemplos do que se faz no interior, e aproveitou para reclamar o mérito do CDS por ter pedido que se "repensasse a ligeireza com que se atribuem condecorações".
O CDS-PP foi o "primeiro partido a pedir que as condecorações atribuídas a Joe Berardo fossem repensadas e retiradas", lembrou Nuno Melo , que viu com agrado o "consenso na classe política". Todos os partidos concordaram com o CDS, inclusive o "próprio presidente da Assembleia da República e o Presidente da República, que sobre isso tomou uma posição".
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