Uma sondagem hoje publicada indica que três em cada quatro suiços querem manter os acordos bilaterais com a União Europeia, apesar da aprovação na semana passada de limites à imigração.
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A sondagem, realizada durante a semana que passou, concluiu que 74% dos inquiridos se opõem à anulação dos acordos com a União Europeia (UE), que incluem o princípio da livre circulação de pessoas, segundo os resultados publicados hoje pelo jornal Sonntags Blick.
Apenas 19% das 1.002 pessoas inquiridas pelo instituto de sondagens Isopublic afirmaram que a Suiça devia rasgar esses acordos, enquanto 7% se disseram indecisas.
Esta sondagem foi publicada uma semana depois de os suiços terem aprovado em referendo, com 50,3% de votos a favor, a reintrodução do sistema de quotas e contingentes para os imigrantes.
O referendo, intitulado "Contra a Imigração em Massa", pode desencadear a chamada "cláusula de guilhotina", que implica a anulação de todo o pacote de acordos com a UE.
Vários dirigentes reagiram com preocupação ao resultado da votação, sublinhando que a livre circulação não se pode separar dos restantes acordos e defendendo uma revisão de todo o pacote.
O acordo com a UE sobre a livre circulação foi assinado em 1999 e ampliado em 2008 quando a Suiça aceitou juntar-se ao Espaço Schengen, que permite a circulação sem passaporte.
Além destes, a Suiça mantêm com a UE acordos económicos e comerciais - a UE é o principal mercado das exportações suíças -, acesso a mercados e produção agrícola, entre outras matérias.