Jacob Zuma justifica esta ausência pelo facto de a África do Sul estar «descontente» com a forma como foi feita a intervenção militar da NATO na Líbia.
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O presidente sul-africano anunciou, esta quinta-feira, que o seu país não se fará representar na conferência de Paris consagrada à reconstrução da Líbia por causa do descontentamento da África do Sul em relação à intervenção militar da NATO.
Em conferência de imprensa, durante uma visita à Noruega, Jacob Zuma disse estar «descontente» com a forma como foi interpretada a resolução 1973 da ONU e que serviu para iniciar os ataques aéreos à Líbia.
«Se as medidas militares tivessem de ser usadas, deveria ter sido para ajudar a proteger populações que, pelo que entendemos, estavam a ser mortas. Mas em lugar de as proteger os bombardeamentos permitiram a outro grupo avançar», afirmou Zuma, numa referência aos rebeldes líbios.
O presidente da África do Sul, que se recusa a reconhecer o Conselho Nacional de Transição, defendeu ainda que o processo de reconstrução da Líbia deveria ser conduzido no quadro da União Africana e da ONU.
Esta conferência, que começa esta quinta-feira 42 anos passados sobre a tomada de poder de Muammar Kadhafi na Líbia, junta delegações de 60 países e organizações mundiais num encontro de três horas que terá como assunto principal a reconstrução política e económica da Líbia.
Em comunicado, o governo britânico diz que este encontro, que é presidido pelo primeiro-ministro britânico e o presidente francês, «será uma oportunidade para ajudar o CNT no caminho estabelecer uma Líbia livre, democrática e abrangente».