A ajuda humanitária está a enfrentar dificuldades para entrar na Ossétia do Sul, onde as tropas continuam a patrulhar a fronteira num «clima de desconfiança». Na Geórgia, o ambiente na capital Tbilissi está a normalizar.
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A ajuda humanitária para apoiar as pessoas afectadas pelo conflito na Ossétia do Sul está a enfrentar dificuldades para entrar na região independentista, cujas fronteiras continuam a ser patrulhadas.
O jornalista do Diário Económico Luís Rego, que se encontra na capital georgiana, disse esta quarta-feira à TSF que a zona da Ossétia do Sul continua «muito militarizada», apesar do cessar-fogo acordado entre as tropas russas e georgianas.
«Neste momento é fácil chegar a Gori», a cidade georgiana mais próxima da região independentista, «mas não é fácil entrar na Ossetia do Sul», disse o jornalista, adiantando que a Cruz Vermelha não tem «garantias» para entrar na zona.
Citando um médico da Cruz Vermelha, Luís Rego adiantou que a organização «vai basear-se em Gori» e ali ajudar «as vítimas mais recentes do conflito no lado georgiano».
«Há ainda um clima de desconfiança, mesmo ao nível das autoridades, para que se possa criar um corredor de ajuda humanitária até ao cerne do conflito, a capital da Ossétia do Sul, Tskhinvali», acrescentou.
Num serviço especial para a TSF, Luís Rego adiantou que a capital da Geórgia, Tbilissi, acordou, esta quarta-feira, «muito menos tensa», com vários «reservistas a voltarem aos seus trabalhos», depois de terem sido dispensados.