A Geórgia aceitou, esta terça-feira, o plano de paz proposto pelo presidente em exercício da União Europeia, Nicolas Sarkosy, mas impôs algumas condições, como uma resolução das Nações Unidas. Em conferência de imprensa, Mikhail Saakashvili denunciou ainda casos de execuções de civis georgianos.
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O presidente da Geórgia anunciou, esta terça-feira, que o país decidiu aceitar o plano de paz proposto pela presidência rotativa da União Europeia, liderada pela França, mas defendeu que a participação das Nações Unidas no processo é fundamental.
Mikhail Saakashvili disse que quer uma versão mais detalhada do plano de paz, para além de ter defendido que o documento deve incluir um ponto que garanta a integridade territorial do país.
Em conferência de imprensa conjunta com o presidente francês, Nicolas Sarkosy, na capital Tbilissi, o chefe de Estado georgiano disse que o plano consiste num «documento político», com todos os pontos gerais, mas faltam-lhe «detalhes legais».
«Queremos uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas», para além da «presença no terreno de observadores internacionais» e da «internacionalização total do processo», acrescentou.
O presidente georgiano disse ainda ter conhecimento de «relatos credíveis de campos para onde as pessoas foram levadas e de execuções de civis», bem como do «uso de armas de destruição massiva» e de «mísseis contra civis» por parte das forças russas.
O executivo russo, liderado pelo primeiro-ministro Vladimir Putin, ainda não reagiu a estas declarações.