Os três camiões que transportam 60 toneladas, de medicamentos, alimentos, roupas e brinquedos, já chegaram ao destino. Em declarações à TSF, Maria Miguel Ferreira, uma das voluntárias que participou nesta iniciativa, já visitou alguns campos de refugiados e identificou problemas.
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"Vemos as pessoas desorientadas, não sabem para onde ir, para onde devem seguir. É aflitivo ver as crianças, pessoas doentes que estão há muitos dias a fazer esta viagem. E a falta de informação sobre o que lhes espera..."
Maria Miguel Ferreira conta que a ajuda está a chegar aos refugiados, que se aglomeram junto às fronteiras, com a Hungria e a Croácia a fecharem as portas muitas das pessoas não sabem o que fazer.
"A pessoas estão cansadas, quando chegam aos campos a triagem feita sobre quem vai para onde separa famílias; há problemas nas telecomunicações, não conseguem contactar... são situações que provocam bastante aflição".
A ajuda está a chegar, as pessoas estão a ser transportadas para as fronteiras, não ficam na Croácia. Nas fronteiras normalmente existem equipas de apoio: com comida, roupa lavada e cuidado médicos. "Queríamos articular-nos na entrega do que transportamos: há medicamentos, é muito valioso e temos que ser criteriosos. É uma responsabilidade grande, escolhemos a Cruz Vermelha como destino da maioria da carga".
Os voluntários portugueses chegaram a acordo com a Cruz Vermelha croata e nos próximos dois dias o material enviado de Portugal vai começar a ser distribuído.
Três camiões carregados com 66 toneladas de roupa, comida, medicamentos e brinquedos partiram no domingo, a caminho da Croácia e Eslovénia para entregar a milhares de refugiados.
Ao longo da última semana, centenas de voluntários tornaram possível a iniciativa, para além dos 10 organizadores e de 30 empresas que se associaram ao projeto com donativos.