A Aliança Bolivariana alertou para eventuais «graves consequências», caso a polícia britânica concretize a ameaça de invadir a embaixada do Equador para deter Julian Assange.
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O aviso foi deixado numa declaração dos representantes da Aliança Bolivariana para as Américas, depois de um encontro em que marcaram presença vários países, entre os quais o Equador, Cuba e a Venezuela.
«Alertamos o governo do Reino Unido para as graves consequências que se desencadearão em todo o mundo no caso de uma agressão direta à integridade territorial» do Equador em Londres, indica a Aliança, sem mais detalhes.
Os vários países consideram que as ameaças britânicas violam os princípios de soberania e que o ato, a confirmar-se, poderia significar uma agressão direta aos princípios do Direito Internacional e à integridade territorial das nações, principalmente da República do Equador.
Do encontro resultou ainda um apelo dirigido aos governos de todo o mundo para que se oponham ao que chamam de «nova pretensão do Governo britânico de impor a vontade por via da força» perante nações soberanas, considerando tratar-se de um comportamento «colonialista».
O Equador diz, no entanto, estar disponível para dialogar com Londres mas para que isso aconteça o Reino Unido tem de retirar a "ameaça" e adotar uma postura mais sensata.
Contudo, o governo britânico considera ter a obrigação de extraditar o fundador do portal WikiLeaks para a Suécia, que reclama o australiano e que o acusa de crimes sexuais.
Julian Assange, que pediu assilo à embaixada do Equador em Londres, quer evitar a extradição para a Suécia e depois para os Estados Unidos, onde pode ser condenado à pena de morte por espionagem.