Amado considera «absolutamente indispensável» terminar rapidamente conflito na Líbia
O ministro dos Negócios Estrangeiros considera «absolutamente indispensável estabilizar rapidamente a Líbia», sob pena de haver um «efeito devastador» sobre a Tunísia, o Egipto e outros países da região que conheceram recentemente revoluções democráticas.
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O chefe da diplomacia portuguesa sublinhou que «devem ser criadas condições que impeçam a radicalização de posições no mundo árabe».
Um conflito da natureza e da dimensão do que opõe o ditador líbio Kadhafi ao seu próprio povo e à comunidade internacional «pode precipitar dinâmicas de conflitualidade e de radicalização que tornem muito mais difícil a estabilização de toda a Bacia Sul do Mediterrâneo, zona de fronteira mais próxima da União Europeia», disse.
Luís Amado, que falava à Lusa após a conferência dos ministros dos negócios estrangeiros da NATO, em Berlim, onde a situação na Líbia foi tema dominante, referiu que «já se estão a ver algumas consequências muito preocupantes deste processo, uma pressão migratória brutal, associada a uma proliferação de armas ligeiras, que terá consequências no futuro».