O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje ter aceitado pôr fim às hostilidades na Faixa de Gaza para salvaguardar recursos perante outras potenciais ameaças regionais.
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«Nós combatemos 50 dias e poderíamos combater 500 dias, mas estamos numa situação em que temos o [grupo 'jihadista'] Estado Islâmico às portas da Jordânia, a [rede terrorista] Al-Qaida nos montes Golã e o [movimento xiita libanês] Hezbollah na fronteira com o Líbano», declarou Netanyahu, numa entrevista à televisão estatal israelita difundida esta noite.
«A decisão foi manter o nosso objetivo: garantir a paz aos cidadãos de Israel», acrescentou.
Depois de várias tréguas unilaterais ou bilaterais, os dois campos acabaram por se entender na terça-feira sobre um cessar-fogo ilimitado, pondo fim a 50 dias de operação militar israelita "Margem Protetora", que causou 2.143 mortos palestinianos e 71 israelitas.
Benjamin Netanyahu pediu ao presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, com o qual afirmou manter "contactos regulares", para escolher entre as negociações de paz com Israel ou o movimento de resistência palestiniano Hamas.
O Hamas controla a Faixa de Gaza e a Autoridade Palestiniana governa a Cisjordânia. No início de junho, Abbas formou um governo de união com o Hamas. «Os palestinianos devem perceber que devem escolher entre a paz ou o Hamas», acrescentou.
Novas conversações entre israelitas e palestinianos estão previstas no prazo de um mês.