Ataque em Bruxelas. Marcelo Rebelo de Sousa e Rei da Bélgica cumprem minuto de silêncio
No jantar oferecido pela família real a Marcelo Rebelo de Sousa os dois chefes de Estado condenaram o recurso ao terrorismo.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e os reis da Bélgica homenagearam na noite desta terça-feira as vítimas do ataque armado em Bruxelas, cumprindo um minuto de silêncio no Palácio de Laeken.
Nos discursos que antecederam o jantar, Marcelo Rebelo de Sousa e o rei Filipe condenaram o terrorismo, apelaram a soluções para as alterações climáticas e expressaram preocupação com as vítimas inocentes da guerra no Médio Oriente.
"Conversámos com consternação e grande preocupação sobre os acontecimentos trágicos no Médio Oriente, com o consequente sofrimento de inúmeras vítimas inocentes", relatou o monarca belga.
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Marcelo Rebelo de Sousa considerou este acontecimento uma das marcas daquilo que descreve como "um retrocesso", para o qual também contribuem vários outros problemas no mundo.
"A intolerável invasão russa da Ucrânia, as crises económicas e sociais e, agora, o ataque terrorista chocante contra Israel, mas também a perda de tantas vidas de civis inocentes dos dois lados parece provocar um retrocesso de décadas de humanismo", considerou Marcelo Rebelo de Sousa.
A falar ao lado do rei dos belgas, um dia após o ataque que provocou a morte a duas pessoas, em Bruxelas, o Presidente da República condenou o recurso ao terrorismo.
"Temos de o repetir muitas vezes: o terrorismo não passará. A democracia, o estado de direito, e a liberdade vencerão", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, já depois do discurso do Rei Filipe, iniciado com um minuto de silêncio. O monarca quis que a circunstância servisse para "mostrar união em torno dos nossos valores democráticos, que continuaremos a defender".
O rei da Bélgica nomeou ainda as consequências naturais, das alterações climáticas, com impacto nos dois países, como "os incêndios florestais da Serra da Estrela e as inundações na Bélgica", que "demonstraram que nenhum país escapa agora ao impacto devastador das alterações climáticas".