O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, está confiante no sucesso, mas também admite que nesta altura é impossível saber os verdadeiros impactos do resgate a Chipre.
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Sem certezas absolutas sobre o resultado do programa de resgate para Chipre, Durão Barroso entende que há inúmeras variáveis que podem determinar o sucesso ou o fracasso do programa.
«Depende de factores que são políticos. Não podemos controlar nenhum tipo de modelo macroeconómico. Depende por exemplo do nível de consenso social em Chipre», adianta
Durão Barroso afirma que a comissão vai avançar com fundos europeus para minimizar as consequências sociais, mas entende que este é o momento para os Estados mostrarem que são verdadeiramente solidários.
«Não é apenas concordarem com o programa. Não pensarem apenas na estabilidade financeira. Mas pensarem em crescimento. Precisam de restabelecer o crescimento e a actividade económica. E, claro de lidar com as consequências sociais», defende.
Como exemplos, Durão Barroso desafia o investimento solidário em Chipre.
«Se houver boa vontade dos Estados, se houver alguns investimentos - não são necessários grandes investimentos-, alguns investimentos de empresas europeias importantes. Se houver um plano de alguns dos nossos Estados-Membros para realmente ajudar Chipre. Não apenas aprovarem agora o programa. Mas, depois, na seguimento da implementação - eu acredito que a economia cipriota pode ter um recomeço», afirma.
Durão Barroso entende que o sucesso do plano depende do nível de compromisso de Chipre, mas também da solidariedade com um país que enfrenta circunstâncias muito desafiantes.