A Comissão Europeia espera que os ministros do Interior aprovem a proposta para o acolhimento de 120 mil refugiados na União Europeia, apesar das divergências que subsistem entre os 28 e que antecipam o fim das quotas de acolhimento obrigatórias.
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Bruxelas tem insistido em manter o caráter obrigatório das quotas mas, esta terça-feira, sem se referir a essa parte da proposta, o porta-voz do executivo comunitário garantiu que Bruxelas tudo fará para tornar um acordo mais fácil.
Margaritis Schinas reitera a preocupação da Comissão Europeia pela forma como os refugiados estão ser travados à entrada da União Europeia (UE) e insiste na importância da proposta para o acolhimento de 120 mil refugiados conseguir luz verde dos ministros europeus do Interior.
"Estamos a apelar a uma solução europeia ampla. Propusemos medidas amplas. Acreditamos que contém os elementos relevantes para essa solução", afirmou aos jornalistas.
Bruxelas diz-se disponível para facilitar um acordo, mas não fala em deixar cair o caráter obrigatório das quotas de acolhimento.
"Desenvolveremos todos os esforços para facilitar um acordo. Temos um longo caminho percorrido. Começamos em maio. Primeiro com a agenda, depois a proposta para o realojamento, em setembro com todos os instrumentos que propusemos para travar a crise de refugiados. É um momento de decisões. Estamos determinados a fazer todos os esforços para que isto funcione", sublinhou Margaritis Schinas.
Entretanto, o porta-voz reitera a preocupação, em Bruxelas, com os meios utilizados no controlo das fronteiras, à entrada da União Europeia: "A Comissão continua muito preocupada com tudo o que está a acontecer nas fronteiras que se encontram nas rotas utilizadas pelos refugiados".