Para Bruxelas, o caso dos refugiados sírios, que entraram no espaço europeu, no voo da TAP, que aterrou em Lisboa, com origem na Guiné, é uma questão para resolver ao nível bilateral.
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O porta-voz da Comissão para os Assuntos Internos, Michele Cercone, entende que aquilo que está em causa é a aplicação da lei para os pedidos de asilo político.
Quando alguém entra no espaço europeu a pensar pedir asilo político, o pedido tem de ser avaliado, à luz das leis europeias que estiverem em causa.
Michele Cercone entende que este caso, que Bruxelas classifica como um incidente muito infeliz, não é comparável com os incidentes com os imigrantes, com origem no norte de África, que tentam chegar à Europa, através de Lampedusa.
«Não vejo a semelhança com Lampedusa uma vez que estamos a falar de pessoas que, felizmente, não morreram ou perderam as suas vidas», explica.
Já o porta-voz da alta responsável para a política esterna, Michal Man, entende que a chegada de refugicados sírios a Lisboa, além de um assunto para Portugal resolver com a Guiné Bissau, vem demonstrar a urgência de encontrar uma solução para a Síria.
«Claramente é um incidente muito infeliz e põe uma vez mais em evidência a necessidade de encontrar uma solução para o conflito na Síria e é nisso que o Serviço de Acção Externa está focado, trabalhando com os seus parceiros internacionais», acrescenta.
O porta-voz de Catherine Ashton frisou que em fevereiro, numa conferência de alto nível, em Genébra, continuará a trabalhar-se para encontrar uma solução para o conflito na Síria,, esperando que isso reduza a necessidade dos sírios voarem para fora do país.