A Comissão Europeia garante que não quer ceder ao medo mas admitiu esta segunda-feira a necessidade de reflexão sobre o Acordo de Schengen, uma convenção entre países europeus sobre uma política de abertura das fronteiras e de livre circulação de pessoas.
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À espera que se retirem as devidas lições dos atentados de Paris, a porta-voz de Jean-Claude Juncker diz que «a Comissão Europeia está, certamente, aberta a uma futura modificação das regras do código de fronteiras de Schengen».
Natasha Bertaud diz que o presidente da Comissão Europeia entende que devem esgotar-se todas as possibilidades das regras existentes, antes de partir para uma modificação. «Primeiramente teremos de explorar ao máximo as possibilidades que existem dentro das regras atuais», sublinha.
Natasha Bertaud garante ainda que qualquer decisão terá como princípio, a racionalidade: «As nossas ações não serão guiadas pelo medo, mas pela reflexão. Então, vamos usar o tempo necessário para refletir sobre as medias que terão de ser tomadas e sobre as lições dos atentados em Paris».
O código das fronteiras de Schengen estipula que os Estados-Membros verificar os documentos de viagem, de todas as pessoas, de qualquer nacionalidade, no controlo das fronteiras externas da União. Bruxelas admite modificações as estas regras.
Ontem, a presidência letã da União Europeia anunciou que vai convocar de emergência um Conselho de Ministros da Justiça e do Interior, no qual o Tratado de Schengen será revisto, no seguimento dos atentados em França, anunciou o ministro Francês do Interior.