O comissário europeu dos Assuntos Económicos saudou o voto positivo do parlamento grego ao 2º programa de assistência financeira e condenou a violência registada em Atenas.
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«Em nome da Comissão Europeia, saúdo o voto positivo do parlamento grego ao segundo programa para a Grécia. O voto de ontem (domingo) é uma expressão de determinação para pôr um fim na espiral de finanças públicas insustentáveis e falta de competitividade», declarou Olli Rehn, esta segunda-feira, numa conferência de imprensa em Bruxelas.
O comissário europeu condenou por outro lado «a violência inaceitável» registada em Atenas, afirmando-se convicto de que os «indivíduos responsáveis» pela mesma «não representam a vasta maioria dos cidadãos gregos, que estão genuinamente preocupados» com a situação do país e dispostos a sacrifícios para a ultrapassar.
Rehn admitiu que os sacrifícios pedidos pelo novo plano de austeridade são muito exigentes, mas sublinhou que este abre portas a uma verdadeira resposta para a crise, pois será acompanhado de uma assistência financeira «sem paralelo» a ser concedida pelos parceiros da Grécia, de 130 mil milhões de euros.
Entretanto, o porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, saudou também o voto do parlamento grego, que aprovou no domingo as «reformas difíceis» a aplicar na Grécia.
«Saudamos o voto que demonstra a boa vontade da Grécia em empreender as reformas difíceis», disse Steffen Seibert, porta-voz da chanceler alemã durante uma conferência de imprensa em Berlim. Para a Alemanha não se trata de «poupar por poupar», mas sim de «libertar as forças produtivas gregas», acrescentou.
O segundo programa de ajuda à Grécia deverá ser aprovado pelos parceiros da Zona Euro numa reunião de ministros das Finanças dos 17 (Eurogrupo) que deverá ter lugar quarta-feira em Bruxelas.