Os mergulhadores italianos retomaram hoje de manhã as buscas para recuperar os corpos das vítimas do naufrágio da semana passada. Até ao momento, foram encontrados 250 cadáveres.
Corpo do artigo
Depois de dois dias paradas devido às más condições do mar, as equipas de resgate retomaram ontem as buscas. Esta manhã voltaram ao trabalho para tentar recuperar os cerca de cem corpos que, de acordo os testemunhos dos sobreviventes, ainda podem estar debaixo de água.
Trata-se de um trabalho complicado, disse à agência France Presse Leonardo Ricci, porta-voz da guarda costeira de Lapedusa, porque há muito cadáveres que ficaram presos aos restos da embarcação.
O comandante da Guarda Costeira, Filippo Marini, disse ontem em declarações ao canal por satélite SkyTG24 que as as autoridades pretendem recuperar os corpos de todas as vítimas durante o dia de hoje.
Uma embarcação de pesca naufragou na passada quinta-feira quando tentava chegar à ilha de Lampedusa, no sul da Sicília, em Itália. A embarcação, com mais de 500 pessoas a bordo, transportava imigrantes clandestinos da Somália e da Eritreia, proveniente da Líbia. Os serviços de emergência conseguiram resgatar com vida 155 pessoas.
Entretanto, a Comissão Europeia fez saber hoje que vai pedir aos países membros recursos para uma grande operação de patrulhamento do Mediterrâneo face ao aumento do número de imigrantes clandestinos e para evitar tragédias como a de Lampedusa.
A comissária europeia dos Assuntos Internos, Cecilia Malmstroem, disse hoje à imprensa, à chegada à reunião dos ministros do Interior dos 28 Estados membros, que vai propor «uma grande operação Frontex de segurança e salvamento no Mediterrâneo, de Chipre até Espanha».
A Frontex é uma agência criada em 2004 pela União Europeia para policiar as fronteiras da União e evitar a entrada de imigrantes ilegais.