Este eurodeputado do PS não tem dúvidas em considerar que a não prorrogação do acordo pesqueiro com Marrocos por parte do Parlamento Europeu é «absolutamente irresponsável e leviana».
Corpo do artigo
O eurodeputado Capoulas Santos diz ter ficado «estupefacto» com a decisão do Parlamento Europeu de não prorrogar o acordo pesqueiro com Marrocos, considerando que esta atitude foi «leviana».
Em declarações à TSF, este parlamentar europeu do PS disse «respeitar a posição do Parlamento e dos colegas que maioritariamente tomaram esta decisão», embora a classifique de «absolutamente irresponsável e leviana».
«Dá uma imagem do Parlamento Europeu precisamente no momento em que o Parlamento por força do Tratado de Lisboa assume grandes responsabilidades em termos de co-decisão», lembrou este ex-ministro da Agricultura e Pescas.
Capoulas Santos adiantou ainda que lhe pareceu que esta decisão teve por base a posição de «alguns Estados-membros cuja preocupação é apenas reduzir o Orçamento».
«Estou convencido que se este acordo servisse os países do Norte a votação teria sido completamente diferente», lembrou o eurodeputado que chamou à atenção para as consequências que esta decisão vai ter para pescadores e armadores.
Este deputado europeu do PS considerou ainda que a «União Europeia vai ter de indemnizar» este armadores e pescadores na sequência do que disse ser uma «pretensa poupança e um acto político gratuito».
Capoulas Santos não tem mesmo dúvidas de que barcos de outras frotas pesqueiras que não a europeia poderão mesmo vir a ocupar as águas marroquinas após esta «decisão irreflectida e irresponsável».