China lamenta a morte do último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev.
Corpo do artigo
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China elogiou esta quarta-feira Mikhail Gorbachev pela sua participação na melhoria dos laços entre Pequim e Moscovo nas décadas de 1980 e 1990.
"Mikhail Gorbachev teve contributos positivos na normalização das relações sino-soviéticas", realçou o porta-voz do ministério, Zhao Lijian, reagindo à morte do último presidente da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
"Lamentamos a sua morte e expressamos as nossas condolências à família", acrescentou.
Gorbachev liderou a União Soviética durante um período de construção das relações entre Pequim e Moscovo, após décadas de tensões marcadas por diferenças ideológicas e interesses geopolíticos concorrentes.
O antigo líder da União Soviética morreu na terça-feira aos 91 anos, adiantaram as agências de notícias russas Tass, RIA Novosti e Interfax, que citaram o Hospital Clínico Central.
O gabinete de Gorbachev havia dito que o ex-chefe de Estado estava em tratamento no hospital, mas, até ao momento, não foram dados mais pormenores.
Como último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev travou uma batalha perdida para salvar um império fragilizado, mas produziu reformas extraordinárias que levaram ao fim da Guerra Fria.
O antigo secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), entre 1985 e 1991, desencadeou uma série de mudanças que resultaram no colapso do Estado soviético autoritário, na libertação das nações do Leste Europeu do domínio russo e no fim de décadas de confronto nuclear Leste-Oeste.