O presidente do Eurogrupo admitiu que o plano para o Chipre, que prevê um imposto sobre os depósitos bancários acima dos 100.000 euros, pode ser um modelo para futuros resgates.
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«Retirar o risco do setor financeiro e passá-lo para os ombros do público não é a abordagem certa», disse o ministro das Finanças holandês numa entrevista ao Financial Times e à Reuters.
«Esta é uma abordagem que eu penso que, agora que saímos do clímax da crise, devemos adotar consequentemente», disse Jeroen Djsselbloem.
O plano de resgate a Chipre prevê o encerramento do segundo maior banco do país, o Laiki (Popular Bank), e a restruturação do maior, o Bank of Cyprus, em troca de um empréstimo de 10 mil milhões de euros.
O plano prevê a aplicação de uma taxa de 30% sobre os depósitos bancários superiores a 100.000 euros, para angariar mais 5,8 mil milhões de euros.
Disselbloem admitiu que «ainda há nervoso» entre alguns dos ministros das Finanças da zona euro acerca desta abordagem, receando-se que possa afastar os investidores privados, mas considerou que essa volatilidade dos investidores pode, em última análise, tornar o setor financeiro mais saudável ao aumentar os custos de financiamento de bancos pouco sãos.