O presidente do Eurogrupo, Jeroen Djsselbloem, esclareceu, a propósito da ajuda financeira a Chipre, que os programas de resgate são feitos à medida de cada país e negou a existência de modelos.
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«Os programas de ajustamento macroeconómico são feitos à medida da situação do país em causa e não são usados modelos», afirmou o ministro das Finanças holandês, numa curta declaração escrita divulgada em Bruxelas.
O presidente do fórum dos ministros das Finanças da zona euro esclareceu, assim, as declarações que fez numa entrevista ao Financial Times e à agência Reuters, durante a qual teria admitido que o plano para Chipre, que prevê um imposto sobre os depósitos bancários acima dos 100.000 euros, podia ser um modelo para futuros resgates.
Na declaração escrita, Djsselbloem salientou ainda que Chipre é um «caso específico, com desafio excecionais», que exigem as medidas acordas pelos ministros das Finanças dos 17 países do euro, na última madrugada, em Bruxelas.
O plano de resgate a Chipre prevê o encerramento do segundo maior banco do país, o Laiki (Popular Bank), e a restruturação do maior, o Bank of Cyprus, em troca de um empréstimo de 10 mil milhões de euros.
O plano prevê a aplicação de uma taxa de 30% sobre os depósitos bancários superiores a 100.000 euros, para angariar mais 5,8 mil milhões de euros.