A primeira reacção exterior veio da Coreia do Sul, com as autoridades de Seul a declararem o estado de alerta e a agendarem uma reunião de urgência do conselho de segurança nacional. Entretanto outras vozes internacionais reagiram com apreensão à morte do líder norte-coreano.
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Na Casa Branca a situação está a ser acompanhada com prudência. «Estamos a acompanhar de perto as informações sobre a morte de Kim Jong-il. O presidente está a par do sucedido e estamos em contacto estreito com os nossos aliados da Coreia do Sul e do Japão. Continuamos comprometidos com a estabilidade na península coreana e com a liberdade e segurança dos nossos aliados», afirmou Jay Carney, porta-voz da administração norte-americana, num breve comunicado emitido por Washington.
Em Londres, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague, afirmou que a morte do líder norte-coreano pode ser um «ponto de viragem» para a Coreia do Norte, pedindo ao novo líder que «reconheça que um compromisso com a comunidade internacional garante uma boa perspectiva para melhorar a vida do povo norte-coreano». «Encorajamos a Coreia do Norte a trabalhar em prol da paz e da segurança e a tomar as medidas necessárias para permitir a continuação das negociações multipartidárias de desnuclearização da península coreana» declarou Hague em comunicado.
Também a Alemanha espera que a morte do líder norte-coreano constitua uma oportunidade de mudança para a Coreia do Norte. «Esperamos que a situação no país melhore», disse em conferência de Dirk Augustin, porta-voz do ministério alemão dos Negócios Estrangeiros.
O Governo de Pequim manifestou-se «chocado» com a morte do líder norte-coreano, apresentando «profundas condolências» ao povo da Coreia do Norte. «Expressamos a nossa mágoa e estendemos as nossas condolências ao povo da Coreia do Norte», disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Ma Zhaoxu, citado pela agência Xinhua. China e Coreia do Norte «continuarão a esforçar-se para consolidar e desenvolver» as suas «tradicionais relações de amizade» e «manter a paz e estabilidade na península coreana e na região», acrescentou o porta-voz.
Já o Japão, que não mantém relações diplomáticas com Pyongyang, espera que «este desenvolvimento inesperado não tenha um impacto negativo sobre a paz e estabilidade na península coreana», conforme declarou o porta-voz do governo, Osamu Fujimura, durante uma conferência de imprensa.