Comunidade internacional deve agir na Síria mesmo sem aval da ONU, diz Reino Unido
Falando sobre um projeto de resolução britânico que está a ser discutido na ONU, William Hague adiantou que «se não houver acordo nas Nações Unidas continuamos a ter uma responsabilidade».
Corpo do artigo
O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros entende que a comunidade internacional deve agir na Síria mesmo sem o aval das Nações Unidas, uma vez que a existência de um «crime contra a humanidade» exige uma resposta.
Em declarações à imprensa, William Hague lembrou, no entanto, que é preciso continuar a tentar um acordo sobre uma resolução, porque «o melhor seria que as Nações Unidas estivessem unidas» nesta questão «mesmo se parecer ser improvável».
Hague insistiu que o «uso de armas pelo regime de Assad é inaceitável e o mundo não pode ficar indiferente perante este facto».
Por isso, acrescentou o chefe da diplomacia britânica, «acreditamos que é tempo do Conselho de Segurança da ONU assumir as suas responsabilidades na Síria, uma vez que tem falhado nos últimos dois anos e meio».
«Para nós, é claro que se não pode haver acordo, se não há acordo nas Nações Unidas, continuamos a ter uma responsabilidade, nós e outras nações, temos à mesma uma responsabilidade nesta questão das armas químicas. Esta é a primeira vez que usam armas químicas no séc. XXI», frisou.
Os embaixadores dos cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança estão reunidos à porta fechada para debater o projeto de resolução britânico que «condena o ataque químico» nos arredores de Damasco a 21 de agosto.