O Conselho de Segurança da ONU condenou por unanimidade a violência no Zimbabué, que tornou impossível a realização de eleições livres. Várias nações defenderam ainda que Morgan Tsvangirai deveria ser considerado o presidente legítimo, mas a África do Sul e a China opuseram-se.
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou, esta terça-feira, por unanimidade o governo do Zimbabué, considerando que este lançou uma «campanha de violência» que tornou impossível a realização de eleições presidenciais livres.
Aquele organismo, que integra 15 nações, emitiu um comunicado onde «condena a campanha de violência contra a oposição política antes da segunda volta da eleição presidencial», de que resultou a morte de dezenas de activistas da oposição e outros zimbabueanos.
Os 15 países consideram que a violência e as restrições impostas sobre os activistas da oposição por Robert Mugabe «tornaram impossível a realização de um acto eleitoral livre e justo» na sexta-feira.
Os Estados Unidos, Reino Unido e França e outros países ocidentais tentaram sem sucesso incluir no texto uma declaração segundo a qual o líder da oposição Morgan Tsvangirai deveria ser considerado o presidente legítimo, até à realização de novas eleições.
A África do Sul e a China, principais parceiros comerciais do Zimbabué opuseram-se a esta pretensão.
Tsvangirai, que foi ameaçado com prisão e a morte, retirou-se da segunda volta das eleições presidenciais e, desde esta segunda-feira, encontra-se refugiado na embaixada da Holanda em Harare.