O Conselho para a Paz e Segurança da União Africana não chegou a qualquer conclusão sobre a crise no Zimbabué. Em Sharm el-Sheikh, este conselho fez apenas uma «troca de impressões» sobre a questão e reenviou o dossier à conferência de chefes de Estado e governo da união.
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O Conselho para a Paz e Segurança da União Africana não chegou a qualquer conclusão sobre a crise eleitoral no Zimbabué, tendo decidido reenviar o dossier à conferência de chefes de Estado e de governo da organização, que começa esta segunda-feira.
Após mais de três horas de reunião, em Sharm el-Sheikh, no Egipto, o porta-voz da União Africana explicou que «houve uma troca de impressões sobre a questão do Zimbabué» e que este órgão apenas se inteirou «dos últimos acontecimentos naquele país».
El Ghassim Wane adiantou que «haverá certamente uma discussão sobre o Zimbabué ao nível dos chefes de Estado e que se houver uma decisão a tomar será tomada pela conferência dos membros da União».
Antes desta reunião, o presidente do Burkina Faso e membro das conselho apelou para a existência de «debates que permitam desencadear soluções, ajudar o Zimbabué a reencontrar-se e a fazer as forças políticas do país dialogarem pacificamente».
Blaise Campaoré frisou ainda que a crise no Zimbabué «pode afectar toda a África Austral».
Por seu lado, o primeiro-ministro da Etiópia, Meles Zenawi, também membro do Conselho para a Paz e Segurança da União Africana, explicou que nenhuma das partes em conflito no Zimbabué «pode resolver sozinha os problemas do país».
A reunião de domingo deste conselho começou pouco depois da proclamação oficial dos resultados eleitorais que deram o triunfo ao presidente Robert Mugabe e da sua posse.