Copernicus anuncia que este setembro foi o mais quente de que há registo por margem "extraordinária"
Média das temperaturas registadas no nono mês do ano foi 0,5 ºC superior à do recorde de 2020 e 1,75 ºC mais alta do que a do período 1850-1900.
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O observatório europeu Copernicus anunciou esta quinta-feira que o mês passado foi o setembro mais quente de que há registo, batendo o recorde, em 2020, por uma margem "extraordinária".
"Setembro de 2023 foi o setembro mais quente de que há registo ao nível mundial", batendo o anterior recorde, em 2020, por uma margem "extraordinária" e dando continuidade a uma série de recordes mensais globais iniciada em junho, revelou o Copernicus num relatório mensal.
Com uma temperatura média global à superfície de 16,38 graus Celsius (ºC), o mês de setembro foi uma "anomalia sem precedentes", ultrapassando o recorde estabelecido no nono mês de 2020 por uma margem de 0,5 ºC.
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Setembro de 2023 foi "1,75 graus Celsius mais quente do que a média de setembro no período 1850-1900", antes do registo dos efeitos das emissões de gases com efeito de estufa sobre o clima, acrescentou o Copernicus.
Por outro lado, a temperatura média global desde janeiro é a mais quente alguma vez medida nos primeiros nove meses de um ano: 1,4 ºC acima do clima nas décadas de 1850-1900 e mais perto do que nunca do limite mais ambicioso do acordo de Paris (1,5 ºC em vários anos).
"Este mês extremo" de setembro "impulsionou 2023 para a duvidosa honra de liderar o ranking, a caminho de se tornar o ano mais quente e ultrapassar em cerca de 1,4 ºC as temperaturas médias da era pré-industrial", disse, em comunicado, a diretora adjunta do serviço de Mudanças Climáticas do Copernicus, Samantha Burgess.