A Cruz Vermelha não vai entrar para já na Ossétia do Sul. A porta-voz da organização lembrou que a situação no terreno ainda é instável e que por isso não será possível abrir qualquer corredor humanitário.
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A porta-voz da Cruz Vermelha admitiu que a organização não vai conseguir entrar para já na Ossétia do Sul devido ao continuar da confrontação na Ossétia do Sul entre russos e georgianos.
Em Tbilissi, Nádia Radela explicou que não há qualquer bloqueio político que impeça a Cruz Vermelha de entrar no território, mas que a situação no terreno ainda é extremamente insegura.
Para esta porta-voz, a actual situação na Ossétia do Sul impede não só a saída e a assistência aos refugiados da zona, bem como a abertura de um corredor humanitário na zona.
A Cruz Vermelha estava ainda à espera de diversos tipos de ajuda como água para os 20 mil refugiados, 400 kits de ajuda e alguns hospitais de campanha, que acabaram por não chegar ao aeroporto de Tbilissi.
Esta ajuda não chegou esta segunda-feira como se previa por causa de procedimentos associados à declaração da lei marcial e de estado de guerra que estão em vigor na Geórgia.
Entretanto, um porta-voz do Alto Comissariado para os Refugiados da ONU indicou que 80 por cento da população de Gori, que fica junto à fronteira com a Ossétia do Sul fugiu de suas casas.
Esta indicação foi veiculada por responsáveis da cidade de Gori, habitualmente habitada por 50 mil pessoas, após uma visita de pessoal do ACNUR no domingo a esta região na fronteira com território osseta.